quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DO PÃO

   Quem não gosta de um pão quentinho com manteiga no café da manhã? Usado como sinônimo de vida e trabalho, alimento do corpo e da alma, o pão faz parte da cultura de muitos povos e tem um significado importante em várias religiões. Resultado do cozimento de uma massa feita com farinha de certos cereais, principalmente trigo, água e sal, ele pode ter sido uma das primeiras comidas preparadas pelo homem.
    
O pão e a humanidade andam juntos há muito tempo. Existem indícios arqueológicos de que o pão foi o primeiro alimento a ser processado por mãos humanas a partir de uma matéria-prima natural. Praticamente todas as culturas antigas do Oriente Médio faziam referências ao pão em seus escritos e muitos povos o veneravam como alimento sagrado, presente dos deuses. A Bíblia cita o pão tanto no antigo como no Novo Testamento, e para os cristãos, até hoje, ele simboliza o corpo de Cristo.  

      A história do pão é tão antiga que é até difícil dizer, com precisão, quando e como ele apareceu. Historiadores, no entanto, estimam que o pão tenha surgido há cerca de 12 mil anos, juntamente com o cultivo do trigo, na região da Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque. De início, provavelmente, o trigo era apenas mastigado. Só depois, ele passou a ser triturado com pedras e transformado em farinha.
    Antes de servirem para fazer pão, as farinhas de diversos cereais eram usadas em sopas e mingaus cozidos na água. Posteriormente, passou-se a misturar também mel, azeite doce, suco de uva, tâmaras esmagadas, ovos e carne moída, formando espécies de bolos que eram assados sobre pedras quentes ou sob cinzas. Esses bolos deram origem ao pão propriamente dito.
NEM SEMPRE FOFINHO
     Os primeiros pães eram feitos de farinha misturada ao fruto de uma árvore chamada carvalho. Bem diferentes dos atuais, eram achatados, duros e secos. Também não podiam ser comidos logo depois de prontos porque eram muitos amargos. Era preciso lavá-los várias vezes em água fervente, antes de se fazer broas que eram expostas ao sol para secar. As broas eram assadas da mesma forma que os bolos, sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas.

     Os egípcios foram os primeiros a usar fornos de barro para assar pães por volta do ano 7.000 antes de Cristo. Atribui-se também a eles a descoberta do fermento, responsável por deixar a massa do pão leve e macia como conhecemos hoje.
     As evidências mais antigas de pão fermentado foram encontradas no Egito Antigo e datam de 3.000 a.C. Mas nem todo mundo concorda que a produção de pão fermentado só tenha começado a partir daí. Alguns historiadores acreditam ser possível que o fermento, assim como o pão, tenha origem pré-histórica.
Isso mesmo! A desconfiança vem do fato de que as leveduras, fungos responsáveis pela fermentação, estão em todos os lugares, incluindo a superfície de grãos de cereais. Bastaria, assim, alguém esquecer de colocar a massa de pão úmida para secar, alguns dias, para ela fermentar naturalmente.
Polêmicas à parte, o que se sabe é que, com o passar do tempo, as pessoas perceberam que poderiam acelerar o processo de fermentação guardando um pedaço da massa de pão do dia anterior para misturá-lo à massa do dia seguinte. Na verdade, com isso, elas estavam acrescentando mais levedura à massa.
O PÃO NA EUROPA E NO BRASIL

     Com as trocas comerciais entre egípcios e gregos, o pão acabou chegando na Europa em 250 a.C. Não demorou muito para ele se tornar também o principal alimento da Roma Antiga, sendo preparado em padarias públicas. Com a expansão do Império Romano, o hábito de consumir pão foi difundido por grande parte da Europa.

     Com o início da Idade Média, por volta de 476 depois de Cristo, as padarias acabaram, e a produção de pão voltou a ser caseira. O retrocesso nessa época foi tanto, que as pessoas voltaram a comer pão sem fermento! Foi somente a partir do século 12 que as coisas começaram a melhorar na França. No século 17, o país se destacou como centro mundial de fabricação de pães, desenvolvendo técnicas aprimoradas de panificação.

     No Brasil, o consumo de pão só se popularizou depois do século 19. Até então, o brasileiro consumia, em grandes quantidades, a farinha de mandioca e o biju, apesar de já conhecer o pão de trigo desde a chegada dos colonizadores portugueses. Com a vinda dos italianos para o Brasil, no início do século 20, a atividade de panificação se expandiu, e o produto passou a ser essencial na mesa do brasileiro.

     No início, a fabricação de pão no Brasil obedecia a uma espécie de ritual próprio, com cerimônias, cruzes nas massas, rezas para crescer, afofar e dourar a crosta, principalmente quando eram assados em casa. A atividade da panificação se expandiu com os imigrantes italianos. Os pioneiros da indústria de panificação surgiram em Minas Gerais. Nos grandes centros proliferaram as padarias típicas.

O PÃO NA IDADE MÉDIA

     Com a queda do Império Romano e da organização por ele imposta ao mundo, as padarias européias desapareceram, retornando a fabricação doméstica do pão na maior parte da Europa. Nessa época, somente os castelos e conventos possuíam padarias. No século XVII, a França se tornou o centro de fabricação de pães de luxo, com a introdução dos modernos processos de panificação. A descoberta de novos processos de moagem da farinha contribuiu muito para a indústria de panificação. Os grãos de trigo, inicialmente, eram triturados em moinhos de pedra manuais, que evoluíram para o de pedra movido por animais e depois para os movidos pela água e, finalmente, pelos moinhos de vento. Apenas em 1784 apareceram os moinhos movidos a vapor. Em 1881 ocorre a invenção dos cilindros, que muito aprimorou a produção de pães. 


O PÃO E A RELIGIÃO
 
     O pão está contido em toda a história do Homem, principalmente pelo seu lado religioso. É o símbolo da vida, alimento do corpo e da alma, símbolo da partilha. Ele foi sublimado na multiplicação dos pães na Santa Ceia, e até hoje simboliza a fé no catolicismo. Há os famosos pãezinhos de Santo Antônio, que ainda hoje são distribuídos em várias igrejas no dia 13 de junho, para serem guardados junto com os mantimentos. Crê-se que o que estiver junto com esse pãozinho não faltará durante aquele ano. Esse costume português chegou até nós através dos jesuítas.
  

Imagens retiradas de: Wikipedia 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Trança de batata doce com canela


Ta ai uma combinação de ingredientes com resultado surpreendente, ficou simplesmente demais essa trança de batata doce com canela, casamento perfeito. Massa densa, úmida e muito, mas muito saborosa! Sei que sou suspeito, mas eu não resisto rsrs.

Pão integral light


Pão integral com 60% de farinha integral em sua composição, sem açúcar e sem gordura. Ideal para quem quer manter uma alimentação saudável e rica em fibras. Receita simples e fácil de fazer.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Carteiras Recheadas (massa de brioche folhada)


O Brioche é um pão de origem francesa, feito com alto teor de manteiga e ovo. É "leve e ligeiramente inchado, mais ou menos bem, de acordo com a proporção de manteiga e de ovos". Ele tem uma crosta dourada escura, e escamosa, muitas vezes, acentuada por uma lavagem do ovo aplicado após a correção. Pode ser mais doce ou com menos açúcar e é sempre um bom acompanhamento para o café da manhã ou lanche da tarde mesmo. Aqui, nesta preparação, ele é utilizado como massa semi-folhada e recheado, realmente ficou ótimo o resultado.

Confira aqui, outra forma de fazer o brioche folhado! Mãos á massa!


Brioches folhados


Feito desta forma, o Brioche ganha uma leveza incrível, além de um sabor especial. Confira!

Bolo de Cenoura



Bolo de cenoura desses encontrados em padarias afora bem simples de fazer. Segue a receita para confeccionar esta delícia. Rende uma forma de 30x40 cm.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


   Sobre Irton Pereira


       Irton pereira nasceu na cidade de Blumenau, Santa Catarina. Aos oito anos de idade, já ajudava sua bisavó e sua mãe a fazerem pães, aqueles ainda assados em forno a lenha de barro feito em casa. Sempre pegava um pedaço da massa, esticava, recheava e enrolava no formato de rocambole para assar.

       Aos 15 anos, mudou-se para São Paulo, onde deu inicio a sua vida profissional em um supermercado como auxiliar de confeiteiro. Aos 17 anos, era responsável por toda a produção de pães e bolos do mesmo estabelecimento. Em 2001, aos 23 anos de idade, retorna a sua terra natal onde se estabelece novamente e tem a oportunidade de trabalhar na padaria e confeitaria ki-baguetti, hoje uma das maiores do Brasil. Atuou nesta empresa por oito anos, sendo cinco deles como gestor de produção do setor de pães. Em 2008, em busca de aperfeiçoamento, deu inicio ao curso de gastronomia no Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 

       Ao término do curso, recebeu o convite para trabalhar em uma empresa que estava abrindo na cidade de Joinville como Chef de padaria, a Gergelim Pães e Doces. Nesta empresa, foi responsável pelo desenvolvimento de produtos para 13 hotéis da região por um período de 2 anos. Hoje atua como gestor da produção de pães, desenvolvendo produtos diferenciados e com valor agregado.

      Em 2012, com o objetivo de adquirir melhorias profissionais e ampliação do conhecimento sobre gestão pessoas e a forma como ela atua hoje nas organizações modernas, deu início ao curso de pós-graduação em desenvolvimento gerencial e gestão de pessoas na Univille.  

       Hoje trabalha no desenvolvimento de pães artesanais com fermentação natural e é professor nos módulos de Boulangerie e Pâtisserie do curso de Chef de Cuisine do Espaço Gourmet Escola de Gastronomia.

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